Ontem (08.09) numa assembleia com mais de 600 estudantes do curso de direito da Faculdade São Francisco (SanFran) da Universidade de São Paulo (USP), foi decretada greve por tempo indeterminado contra o caos e a desordem nas matrículas e na matriz curricular da faculdade.
As principais reivindicações são pela oferta de disciplinas optativas suficientes para todos e vagas suficientes em cada matéria. Sem isso, diversos estudantes não tem como se graduar por não conseguir completar os créditos necessários. Alguns estudantes do último ano estão com toda a carga horária do semestre toda pendente. Algumas matérias do semestre passado ainda não divulgaram as notas, e são pré-requisitos para outras matérias, ou seja: os estudantes não conseguem se matricular neste semestre. Reina o caos na matrícula dos estudantes da São Francisco, um dos cursos superiores mais antigos e tradicionais do país. Há anos que há confusão na matrícula e na oferta de disciplinas, no entanto, neste semestre a situação atingiu um limite intolerável.
Apesar da justeza da pauta colocada pelos estudantes, o superintendente de segurança da USP, Coronel Jefferson Almeida, comparou os estudantes em luta ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Quis assim dizer que os estudantes quando lutam cometem crime. Sua declaração pública, no Facebook está na imagem abaixo. Exigimos da reitoria da USP imediata exoneração do Coronel que não está acostumado com democracia e portanto não pode, nem deve dirigir a segurança de uma universidade.
Além de tudo isso, o plano político pedagógico do curso está atrasado em relação as necessidades da sociedade. Por isso, também é reivindicação da greve que se reformule o projeto político-pedagógico do curso com participação dos estudantes. Nós do movimento REBELE-SE na UNE nos solidarizamos com os estudantes de direito da USP e apoiamos a greve por melhores condições de ensino!