Estamos há alguns dias do início da Copa da FIFA. Após 64 anos, o Brasil volta a sediar o mais importante evento esportivo do mundo. No entanto a conjuntura política que atravessamos mostra um período muito importante para a luta da juventude e dos trabalhadores.
Desde o ano passado, quando o Brasil viveu as gigantescas manifestações de junho, as lutas sociais não param de crescer. Trabalhadores em greve na luta por melhores salários, moradores sem teto exigindo o direito à moradia, servidores denunciando as péssimas condições nos serviços públicos, e tudo isso num grande enfrentamento contra governos, forças policiais, e mesmo sindicatos vendidos que não representam os interesses dos trabalhadores.
Essa crescente participação da classe trabalhadora dá novo fôlego aos protestos e manifestações que a juventude protagonizou nos últimos meses. Infelizmente, mesmo falando em ouvir a voz das ruas o governo tem apresentado como resposta intransigência na negociação com servidores em greve, e repressão contra os manifestantes, propondo tratamento de terroristas aqueles que forem às ruas durante a Copa do Mundo.
Movimento Estudantil
Nesse 62° CONEG, reunindo lideranças estudantis de todo o país, precisamos refletir sobre o importante momento que vivemos e dar vez e voz às lutas que vem se desenvolvendo de norte a sul.
A Copa da FIFA, na prática representa a destinação de grande parte de recursos públicos para a iniciativa privada como as grandes empreiteiras, parceiros da FIFA e os meios de comunicação, em especial a Rede Globo, detentora dos direitos exclusivos de exibição.
É obvio que o famigerado pagamento da dívida pública, que consumirá 42% do orçamento da união em 2014 é o maior responsável pela falta de dinheiro para saúde, educação, transporte e moradia no país. Mas a Copa representa a continuidade dessa política de investimento de dinheiro público para iniciativa privada.
Convocamos cada DCE presente a se somar nas lutas existentes em todo o país, e nessas manifestações que se aproximam a levantar mais alto a defesa de um país soberano e que atenda aos interesses do seu povo, e não que submeta seus investimentos e até suas leis para realização de um evento esportivo.
Todos às ruas! Copa pra quem? Na Copa vai ter luta!
Texto do material do Movimento Rebele-se para o 62° CONEG da UNE